top of page

Proposta Nacional para a Introdução dos Cuidados de Saúde em Âmbito Extra-Hospitalar em Contexto de Proteção Civil e Bombeiros

 

Documento Mestre de extensa revisão bibliográfica, fundamentação, evidências e apoio à criação da Equipa Nacional de Bombeiros-Enfermeiros (ENBE), onde com base na casuística Portuguesa, se assinalam pontos fulcrais com necessidade de atenção, cujo efeito resultará numa reação de complementaridade dos presentes Serviços de Emergência Médica (SEM's).
 

A sua intenção é a de congregar os organismos das áreas no seio deste nosso novo paradigma de cuidados; em concreto, passo por passo e numa fase inicial recorreu-se à Secção Regional do Norte (SRN) da Ordem dos Enfermeiros (OE) e seguidamente à Direção Nacional de Bombeiros (DNB) da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC).

Fase 1. Apresentação na SRN da OE

A conceptualização primária da criação da ENBE surgiu através de um documento denominado por «Criação da Equipa Nacional de Bombeiros-Enfermeiros Integrada no Núcleo de Segurança e Saúde da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e Proteção Civil das Regiões Autónomas: Proposta Nacional para a Introdução dos Cuidados de Saúde em Âmbito Extra-Hospitalar em Contexto de Proteção Civil e Bombeiros», Versões 1.0; 1.1; 1.2; 1.3 de 2013 e 2.0 de 2014, o qual deu origem ao atual.

 

Os modelos e conceitos vindos essencialmente de Espanha, França e Holanda, tomaram este vínculo inicial como um ponto de apoio para a maturação de ideias, a fim de que se procedesse depois à sua correta transposição, mediante os conceitos correspondentes à idiossincrasia Portuguesa.

Fase 2. Reunião da OE com a DNB da ANPC

 

A OE tem ao longo dos anos aplicado esforços para o incremento da atribuição de competências aos Enfermeiros na área da Emergência Pré-Hospitalar e devido reconhecimento do seu trabalho, onde se inclui o desenvolvimento do Modelo Integrado de Emergência Pré-hospitalar (MIEPH). Para além do mais e após vários fatores que levaram a uma séria sensibilização, entre os quais a intervenção fundamentada de Enfermeiros ligados aos Bombeiros, tornou-se também manifesta preocupação da OE o exercício da prática de Enfermagem no seio destas entidades em três dimensões: a aplicada a eles mesmos, a aplicada às suas missões e a aplicada ao produto das suas ações.

 

Num completo rol de inquietudes entre ambas as áreas - Bombeiros e Enfermagem - em benefício da sociedade, a OE levou a debate com a DNB oito temáticas. Destas, seis tiveram origem no pioneiro Projeto Bombeiros-Enfermeiros, o que a partir daqui, concretizou uma nova abertura para o diálogo e possibilidade para o estabelecimento e transmissão de posições.

Fase 3. Apresentação da versão final à DNB da ANPC

 

Uma vez concebido o novo paradigma da saúde em geral e da Enfermagem em particular nas áreas do conhecimento e âmbitos de intervenção da Proteção Civil e Bombeiros, após as anteriores fases de condução, maturação e reflexão de ideias e conceitos, em tempo certo e tal como previsto desde a criação do Projeto Bombeiros-Enfermeiros, foi dado lugar ao debate entre os representantes da DNB/ANPC e do GNBE.

 

Num contexto de total recetividade ao GNBE pela DNB, a principal prioridade dos seus representantes foi, entre outras, a de pôr a manifesto a preocupação pela otimização da manutenção da necessidade de segurança nos Bombeiros, inclusivamente quando estes ou até mesmo civis estão/são afetados (ostentam um papel de vítimas) dentro de um Teatro de Operações (TO) e aí urgem da imediata prestação de cuidados de saúde e manutenção das funções vitais, os quais por diversos fatores, se entende que devam vir a ser considerados, assumidos e inicialmente assistidos pelos Organismos de Proteção Civil, através da criação de uma ENBE, levando a cabo, a par de outras, o Suporte de Cuidados de Saúde Operacional (SCSO).

 

 

 

Em resumo e num prisma interdisciplinar, multiprofissional e multidimensional, com os conhecimentos e ajuda do documento e trabalhos produzidos até então, tratou-se de expor que é possível com a Enfermagem dar maior reconhecimento social do serviço prestado pelos Bombeiros, melhorar a capacidade de resposta integral ao cidadão e com ela apostar no futuro. Com tal, continua-se a sublinhar veemente que as necessidades do cuidado e de saúde dos Bombeiros são da exclusiva responsabilidade dos Organismos de Proteção Civil e Bombeiros, mesmo tratando-se de situações de Urgência/Emergência. O mesmo se aplica para as vítimas resgatadas nestes árduos trabalhos.
 

Tal minimiza riscos e confere à Proteção Civil e Bombeiros simultânea eficácia e eficiência durante as missões e na fase final da obtenção do produto das suas ações.

bottom of page