Incidente Crítico (IC)
Para o GNBE um ‘Incidente Crítico’ é o acontecimento de uma ocorrência súbita, como resultado do risco, no contexto da resposta a uma ação de socorro ou emergência, onde resultem vítimas ou lesados adicionais, independentemente do seu tipo e/ou contexto e posição (no local, na deslocação para…, a caminho de…, na volta de…).
Como se desenvolve?
A maioria das emergências com as quais lidam os agentes de proteção civil e bombeiros são situações de crise. A situação de crise é excecional, extraordinária e, por vezes, trágica. Aparece abrupta e inesperadamente. A pessoa ou grupo envolvido na situação encontra-se frequentemente exposto a ameaças ou exigências que superam seus próprios recursos de confronto, sejam pessoais ou sociais. Tudo isso leva a um desequilíbrio no funcionamento normal da pessoa, equipa ou grupos afetados.
As situações de crise geralmente têm efeitos traumáticos para as pessoas envolvidas. A maioria supera o stress agudo causado pela situação, mas alguns acabam por desenvolver a Perturbação de Stress Pós-Traumático (PTSD), Burnout, alterações de conduta e personalidade, como o 'Síndrome do Herói', entre outros.
Antes acreditava-se que os bombeiros tinham uma maior probabilidade do que a população geral de sofrer de PTSD, devido a que são expostos com mais frequência a situações traumáticas. No entanto, existem estudos que mostram que o PTSD entre bombeiros não é superior ao da população geral. Assim, podemos considerar que as situações de crise são traumáticas para as vítimas, mas não para os bombeiros, pois acabam sendo seus meios habituais de trabalho.
No entanto, há certas circunstâncias que podem causar um alto impacto emocional na equipa de intervenção e como resultado, fazer com que a situação de crise abandone a banal trivialidade para se tornar traumática. Situações que as quais não estávamos à espera, pois ocorrem como um ‘extra’ à emergência. Quando há propriedades para essas circunstâncias, ocorrem as tais situações, as quais designamos por IC.
Antes acreditava-se que os bombeiros tinham uma maior probabilidade do que a população geral de sofrer de PTSD, devido a que são expostos com mais frequência a situações traumáticas. No entanto, existem estudos que mostram que o PTSD entre bombeiros não é superior ao da população geral. Assim, podemos considerar que as situações de crise são traumáticas para as vítimas, mas não para os bombeiros, pois acabam sendo seus meios habituais de trabalho.
No entanto, há certas circunstâncias que podem causar um alto impacto emocional na equipa de intervenção e como resultado, fazer com que a situação de crise abandone a banal trivialidade para se tornar traumática. Situações que as quais não estávamos à espera, pois ocorrem como um ‘extra’ à emergência. Quando há propriedades para essas circunstâncias, ocorrem as tais situações, as quais designamos por IC.
As seguintes situações são consideradas incidentes críticos (IC's):
1. Morte ou ferimentos graves de colegas;
2. Sobrecarga produzida ao longo das tarefas de intervenção;
3. Acidentes com várias vítimas (trânsito, comboio, aéreo, desastres de origem natural, de conflito e/ou terrorista);
4. Morte ou ferimento grave de uma pessoa conhecida;
5. Morte ou ferimentos graves em crianças, ou situações muito sérias onde se encontram crianças envolvidas;
6. Tentativa frustrada para salvar uma vítima ou morte da mesma durante o salvamento/recuperação;
7. Lesões graves em si mesmo ou uma situação crítica para a própria vida;
8. Intervenções com alto risco para o pessoal envolvido;
9. Buscas de longa duração com crianças implicadas;
10. Qualquer outro incidente que, na opinião do pessoal de intervenção ou das cadeias de comando, seja considerado sensível e por tal requeira assistência especializada de emergência, numa abordagem holística – que integra o biopsicossocial do bombeiro enquanto indivíduo.
O incidente crítico é uma crise circunstancial, na qual os fatores situacionais são mais pesados que os pessoais, acomete à visão em túnel e causa como efeitos bloqueios da destreza física e mental, pela presença potencial ou real de acontecimentos fatais.
