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CO-Oximetria de Pulso
 

Os pulsioxímetros convencionais são incapazes de distinguir a carboxihemoglobina (COHb) da oxihemoglobina (O2HB). Estes superestimam artificialmente a saturação de oxigénio arterial na presença de CO elevado no sangue. Desta forma, quando o CO ocupa os locais de ligação do grupo heme deparamo-nos com leituras falsamente elevadas nestes aparelhos. Habitualmente num indivíduo que esteve num incêndio os valores são elevados (>95%), podendo muito bem chegar a ser 100%.

 

O monóxido de carbono tem uma afinidade com a hemoglobina 210 a 270 vezes superior ao oxigénio, reduzindo assim, a capacidade da hemoglobina se ligar e transportar o O2

(Bandeira, 2009)

 

 

Porque os sinais e sintomas de envenenamento por CO são vagos e subtis, o pessoal do SEM e Bombeiros deve monitorizar regularmente todas as pessoas na possibilidade de exposição ao CO

(Bledsoe, s.d.)

 

A mais recente tecnologia de deteção de envenenamento por CO emprega uma técnica não invasiva, contínua e portátil.

Com esta é evitada a extração dolorosa de uma amostra de sangue arterial, designada por gasimetria, procedimento hospitalar mais comum para a avaliação dos níveis de CO (COHb).

 

 

Utilizando o mesmo método do pulsioxímetro convencional (e também com as suas funções), o Pulsi-CO-Oxímetro ou CO-Oxímetro de Pulso é um aparelho que utiliza um sensor com mais de 7 comprimentos de onda de luz para distinguir as diferentes formas de hemoglobina (oxi-, desoxi-, carboxi- e meta-).

 

Segundo as recomendações da National Fire Protection Association (NFPA) - NFPA 1584/2015 - a avaliação dos níveis de CO por Pulsi-CO-Oximetria é incondicionalmente necessária, para todos os Bombeiros, que em toda e qualquer circunstância se exponham ao fumo.

QUE FAZER NO DIA A DIA?
 

10 passos que em 5 minutos podem salvar a sua vida ou a de outra pessoa

 

 

1. Verifique a cor da chama do fogão e do esquentador; se apresentarem coloração amarela ou laranja em vez de azul, poderão existir problemas na combustão

 

2. Verifique se a saída da chaminé ou conduta de exaustão está desobstruída e promova a sua limpeza anualmente

 

3. Mantenha a sua casa arejada e nunca obstrua as entradas de ar

 

4. Faça uma verificação anual de todos os aparelhos a gás em sua casa; contacte uma empresa credenciada pela DGEG

 

5. Coloque um detetor de monóxido de carbono junto dos aparelhos das fontes de combustão. Este equipamento, que se mantém ativo 24h por dia e que efetua análises ao minuto, dá um alarme sonoro quando são detetadas elevadas concentrações de CO no ar

 

6. Verifique anualmente os gases de escape do seu carro e nunca o ligue dentro da garagem, sem ter a porta aberta

 

7. Nunca ligue equipamentos com motores de combustão/explosão num ambiente fechado

 

8. Se sofre de cansaço inexplicável, fadiga, dores musculares, letargia, dores de cabeça ou mal-estar de estômago, consulte o seu Enfermeiro ou Médico de Família para que se verifique o seu nível de CO no sangue

 

9. Se se sente particularmente revigorado durante as férias (saiu da fonte de intoxicação de CO) e quando retorna a casa a sua saúde declina, pode estar a sofrer de intoxicação de CO em casa ou no trabalho

 

10. Durante a noite, enquanto estiver a dormir, nunca deixe a lareira acesa

 

O CO está presente em todos os contextos de combate a incêndio, onde níveis suficientemente elevados para causar doenças significativas, estão inclusivamente presentes nos braseiros da fase de rescaldo. Estudos comprovam que o uso sistemático de ARICA diminui o nível de CO no sangue dos bombeiros expostos.

 

Os Bombeiros devem estar despertos para fontes de CO não-ocupacionais com vista a prevenir um nível de exposição basal elevado. Fontes importantes de interiores incluem cigarros, utensílios a gás ou querosene e fornos a lenha ou carvão. Numerosas intoxicações acidentais são também causadas por escapes de automóveis defeituosos, especialmente em veículos antigos cujo fundo está corroído.

Na extinção de um incêndio os Bombeiros podem facilmente passar para o papel de vítimas. Para o evitar as equipas devem implementar ações de reabilitação (períodos de descanso regulares e supervisionados) durante o sinistro, procedendo à monitorização do CO com os meios adequados e manter também vigilância em relação ao potencial envenenamento durante o rescaldo.

De relembrar que uma vez munidas de correto conhecimento e suficientes meios materiais, as equipas encarregues de monitorizar Bombeiros, empregando-lhes a Pulsi-CO-Oximetria, podem e devem também fazer a mesma monitorização aos civis envolvidos e assim corroborar precocemente na assistência pré-hospitalar incumbida aos meios ao serviço dos SEM’s.

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